domingo, 24 de fevereiro de 2013

A DEPENDÊNCIA ESPIRITUAL

A dependência espiritual é uma necessidade de consultar as entidades e guias quase que diariamente.
Não se trata de ser fanático,pois o fanatismo é algo bem diferente.O fanático "vive"a religião 24 horas ao dia,enquanto que o dependente vive como se cada pensamento,cada ação e cada acontecimento pudesse ser explicado por uma entidade espiritual.
São pessoas que se começam hoje em um trabalho amanhã querem se consultar para saber se vai dar certo,se o namorado deu um bolo querem saber aonde ele estava,se alguém brigou ou fez algo quer saber oque tal pessoa está pensando.
A religião é muito mais do que isso.Cada vez que uma entidade vem à terra ela tem como missão fazer a caridade,certos tipos de questionamentos são totalmente dispensáveis,e na maioria das vezes só servem para atrapalhar o bom andamento de uma sessão ou atrapalhar outros consulentes.
A entidade não funciona como um oráculo,muitas vezes o ideal é que nada falemos,e sim escutemos,pois com certeza mais se ganha com oque se escuta do que com oque se fala.As entidades de luz sempre têm uma palavra para cada um,e com certeza essa palavra se for compreendida será de grande valia.
Infelizmente os dependentes não podem ter um sonho sequer sem procurar uma explicação na espiritualidade,porém,essa explicação,nem sempre têm conotação espiritual ou é possível que se explique.
Nos dias de hoje relacionamentos terminam e acabam com uma rapidez incrível,e ás vezes é melhor deixar as coisas acontecerem sem criar expectativas ou já querer saber se será ou não duradouro.
Existem pessoas que vivem dentro do centro sem nada resolver,pois perguntam mas não fazem,e para que algo dê certo em primeiro lugar é preciso haver coragem,pois o medo de tentar faz com que muitas pessoas deixem de ser feliz.Outro ponto crucial é saber reconhecer os erros e tentar melhorar as suas falhas.
Muitos nem  tem oque perguntar às entidades,mas falam todos os dias com as mesmas,questionando e buscando respostas que muitas vezes elas mesmas têm.
O melhor que se tem a fazer é ter fé,acreditar que algo dará certo quando realmente se quer já é meio caminho andado.
Você é dono da sua vida,muitas pessoas insistem em relacionamentos que nunca dão e nunca darão certo por capricho,e por mais que as entidades lhes abram os olhos elas continuam no erro,assim como há as que duvidam da sua capacidade,e precisam ouvir sempre a opinião de um guia para dar um passo.
Viva e deixe a vida acontecer,acredite e tenha fé pois oque tem que ser,tem força.
A espiritualidade é muito mais do que um jogo de sim e não,é uma luz que nos fortalece e nos enriquece sempre,seja nas horas boas ou ruins,e para vivenciar intensamente só é necessário uma única coisa:fé.

Um forte abraço e axé!
Renata da Cigana Morgana.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A VAIDADE QUE NOS AFASTA DO SAGRADO


    Responda por favor:ao chegar em uma casa de santo em que você repara primeiro?Nas pessoas,nas roupas ou no local em si?
    A maioria com certeza,repara no local.Não falo em limpeza,falo em luxo.Pois riqueza e limpeza são conceitos diferentes.
    Muitas pessoas ao achar o luxo mais importante acabam se iludindo e sendo enganadas em casas que têm sim,luxo,porém,o "axé",a força espiritual,infelizmente não possuem.
 Luxo não é necessário nem na umbanda ou no candomblé,pois nem todos podem ter uma casa rica e luxuosa,mas muitas vezes em um fundo de quintal encontramos uma entidade de muita luz,e através dela obtemos a ajuda que necessitamos.
 Importante não é a roupa das entidades ou a riqueza do local,e sim a força que existe.
 Pois infelizmente muitos pais e mães de santo possuem casas tão ricas que nem parecem casas de santo,e os orixás e guias também deixam a desejar,não no luxo,mas no próprio axé.
 Ter uma casa bonita e rica com certeza não é proibido,mas fazer disso o mais importante,esquecendo que orixá é pobre,simples e puro,não.Não queira fazer do seu barracão um castelo,pois orixá não precisa disso,e se é para encher os olhos dos que lá vão,pior ainda.Dê sim,à medida em que recebe,porém não exagere pois a vaidade acaba muitas vezes nos afastando do sagrado.
 Existem muitas pessoas que  só valorizam uma casa se todos os seus frequentadores tiverem um alto poder aquisitivo,se o pai de santo sair em jornais e revistas,e têm a falsa ilusão de que irão conquistar os mesmos bens que outrem.
 Conheci uma pessoa que pagou 5.000,00 por um trabalho,mas na verdade não foi pelo pai de santo,mas pelo lugar,acreditando que para cobrar tal valor realmente o trabalho daria resultado.Claro,ela não só foi ingênua como se deixou levar pela vaidade.
 Ser conhecido não significa ser bom,ter uma casa maravilhosa não significa ter axé.
 Claro que as pessoas precisam ter uma "casa"para iniciar um iaô,mas não precisa ter nome em revistas,jornais e uma mansão.Isso é uma ilusão que com o tempo você acaba descobrindo que não quer dizer nada.
 Muitas pessoas obtém ganhos materiais  por merecimento,trabalhando direito e realmente oferecendo todos os seus ganhos à melhora do centro e aos orixás e guias.Estão certos,não condeno.Mas muitos constroem seus castelos enganando pessoas leigas,cobrando valores exorbitantes e nem sequer resolvendo seus problemas.Por isso,não se deixe levar pelas aparências.
 Adoro colocar roupas bonitas na minha cigana,e fico triste quando vejo pessoas sem a menor vontade de embelezar os seus guias,porém não é a roupa que faz a entidade,minha cigana já vestiu saia e blusa de cetim,e continuou bela,pois quem tem fé e ama a religião sabe enxergar a entidade que existe além de qualquer brocado.
 Dê ao seu guia oque você puder,nunca se envergonhe,e se a casa é do tipo "aqui o orixá só sai assim e assado,pense bem se é oque você procura,pois cada um dá aquilo que pode.
 Como diz um velho ditado,nem tudo que reluz é ouro,vi um Ogun muito lindo vestido só de lese e mariô.Orixá não é só oque se vê,mas oque se sente...
 Você pode sim entrar em uma casa simples,com pessoas simples e lá encontrar axé.Pois já fui muito ajudada por pessoas humildes por isso nunca "pré" julgo um local.
 Há muitos anos atrás fui em uma gira de malandro em um morro em Niterói,e vi lá um malandro verdadeiro,quando em casas de nome muitas vezes só vi uma pessoa vestida de malandro,mas o malandro mesmo...
 Lembre-se que nem tudo que reluz é ouro.Cobrar altos valores nos trabalhos não significa que por isso o trabalho é mais forte,aquele que se afasta da caridade muitas vezes se afasta também da verdade.

Um forte abraço e axé!

Renata da Cigana Morgana